quarta-feira, 23 de março de 2011

Pós Vendas - Atendimento ao Consumidor

Olá Pessoal.

Semana passada foi corrida aqui na VendendoMelhor e por isso este post está saindo meio atrasado.

O assunto deste post já estava decidido faz tempo. É  sobre um caso que aconteceu em Santa Catarina envolvendo uma consumidora e a Renault.

Quem quiser saber mais do caso acesso www.meucarrofalha.com.br

Segue um breve descritivo do caso: A consumidora comprou um Renault Mégane em 2007 e desde lá não consegue utilizar o carro por problemas estruturais do carro. Depois de várias visitas à concessionária sem ter seu problema resolvido a consumidora recorreu à justiça para ter seu carro trocado ou seu dinheiro devolvido. Decidiu também criar o site que cito acima para relatar sua odisséia e utilizou-se das redes sociais para dar publicidade ao caso.

Pois bem agora vamos analisar alguns fatores deste caso.

Primeiramente, tenho apreço pelos automóveis da renault, tendo entre familiares dois veículos da marca que nunca deram problemas sérios.

O que vamos avaliar aqui é a postura da montadora neste caso. Por sinal, montadora sempre me pareceu um nome que tenta, subliminarmente, reduzir a responsabilidade do fabricante com relação ao produto. Pense, quando uma empresa fabrica algo, ela tem total responsabilidade sobre o produto final, porém quando ela somente monta algo, no entendimento geral esta responsabilidade é reduzida.

O que importa neste caso é que a Renault ao invés de se esforçar para resolver um problema de um cliente, deixou o caso ir para a justiça e ficou, através de recursos e apelações, postergando uma solução para o caso. Além disso, quando a consumidora deu publicidade ao fato a Renault foi à justiça alegando danos morais.

Porém, nestes tempos de rede social, a publicidade que foi dada ao fato foi enorme, os retuites deste site e dos perfis desta consumidora foi avassalador, prejudicando, e muito, a imagem da empresa.

Quatro anos depois, a Renault se sentiu obrigada a fazer um acordo com a cliente restituindo o valor pago pelo carro que nunca funcionou e, para tentar limpar a imagem, vai doar um Clio à AACD. Decisão que poderia ter sido tomada há quatro anos atrás quando o veículo apresentou os problemas sem nenhum arranhão à imagem da empresa.

Este caso demonstrou o descaso das empresas com seus consumidores no Brasil e também o despreparo para lidar com o advento das redes sociais e da web 2.0 nos departamentos de marketing das empresas. Com certeza algum diretor da empresa disse em uma reunião acalorada - Deixa essa cliente falar o que quiser, quem vai ouvir? E alguém ouviu. Um perfil do twitter com mais de 1.300.000 seguidores retuitou a causa virou trend topics.

Volto a dizer, mesmo que sua empresa não esteja nas redes sociais, seus clientes estão!


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sexta-feira, 4 de março de 2011

Escola de samba - Uma empresa que funciona

Olá pessoal,

Carnaval chegando, hora de aproveitar para viajar, descansar, se acabar mas antes vamos pensar um pouco, com o olhar empresarial, como funciona uma escola de samba.

Vamos dividir este post em duas partes. Na primeira vamos falar do que não vemos em uma escola de samba e na segunda vamos falar do desfile propriamente dito.

A escola de samba que não vemos

Assim que termina a apuração do desfile, quando são definidos os vencedores e os rebaixados, as escolas já começam a pensar no próximo carnaval. Neste momento se define o enredo e as datas para escolha de samba enredo. O carnavalesco já vai pensando no desfile, temas e principais alegorias. Neste momento está sendo feito um planejamento completo para o ano, assim como devemos fazer em nossa empresa.

Definidas as fantasias e as alas, aparecem os donos de ala. Estes são responsáveis por uma ala, em todos os sentidos, ou seja, devem contratar pessoas, comprar matéria prima, produzir as fantasias e vendê-las para quem quer desfilar. Sendo assim, cada ala de uma escola de samba é uma empresa que tem atuação independente, porém sob a coordenação da Holding G.R.E.S. (Gremio Recreativo Escola de Samba). Notem que uma ala pode gerar lucro ou prejuízo, dependendo da gestão desta.

enquanto os donos de ala estão fazendo sua parte, a Holding G.R.E.S é encarregada de produzir as alegorias, a fantasia da bateria e, geralmente, das baianas. Além deste trabalho produtivo, a holding também administra verbas oficiais e busca patrocínio para financiar sua atividade.

A holding também promove festas dentro de sua sede para obter receita assim como vende participação em eventos particulares ou públicos viajando dentro e fora do Brasil.

A escola de samba que vemos no desfile


No dia do desfile, mais de 3.000 pessoas que não se conhecem vão para o local do desfile, se concentram num local apertado aguardando a entrada na avenida. Quando entram atravessam rapidamente a avenida (cada participante fica em torno de 10 minutos na avenida) para cumprir uma determinação legal que é não estourar o tempo limite do desfile.

Existe uma equipe que para muitos passa desapercebido que o pessoal da harmonia. esta equipe está espalhada por todas as alas da escola e vão coordenando a entrada das alas e das alegorias na avenida e controlando a velocidade do desfile para garantir que o tempo não seja excedido.

O interessante de se notar é que sempre aparecem imprevistos (chuva, alegoria quebrada, fantasia com defeito) e as pessoas se unem e movimentam para resolver estes imprevistos o mais rápido possível de forma que atrapalhe ao mínimo todo o desfile.

Pense na sua empresa, cada departamento independentemente, fazendo o seu papel da melhor maneira possível para não atrapalhar o desempenho do todo. Situação ideal não?

Sabe o que diferencia uma escola de samba de uma empresa?

A PAIXÃO!


Todas aquelas mais de 3.000 pessoas que estão no desfile estão por vontade própria. Muitas pagaram para estar lá e todas tem alguma ligação com a organização (Ser da comunidade, admiração pela escola, desejo de desfilar etc.) enquanto que nas empresas as pessoas muitas vezes estão lá por obrigação só esperando o depósito do salário no final do mês.

Se você é um empresário, crie estratégias para que seus funcionários se apaixonem por sua empresa. Se você é empregado, colaborador ou funcionário, APAIXONE-SE pela sua empresa e dedique-se como se dedicaria à sua escola de samba.

Boas vendas e Bom carnaval

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